Mais uma vez ao deparar-me com uma fotografia retratando uma realidade actual da minha terra, fiquei chocado! Esta casa foi construida pelo Sr. Matos numa época em que era apelidado de "Rei da graxa", pelo facto de ter participação societária na maior parte das engraxadorias, então existentes em Lisboa. Há cinquenta anos atrás, esta casa, já na posse da filha do Sr. Matos e do genro deste, Sr. Raúl Matos, nesta época do ano, Maio Junho..., tudo o que estava ao seu redor, parecia um jardim! As videiras bem tratadas, com os seus cachos de uvas, as outras árvores com seus frutos, batatas e milho, tudo bem regado com a água vinda do poço ali existente. Quem muito trabalhava para que tudo estivesse como acima ficou descrito, era a pessoa, que me chamava de XARÁ, o ti ALBERTO, pai do Amorim, Manuel... Que pena os descendentes dos proprietários, que acima foram citados, não se preocuparem em alienar todo aquele espaço territorial, de forma a que o novo proprietário, pudesse recuperar todo aquele valioso património.
Alberto, tem toda a razão. À entrada na nossa Cerdeira, logo a seguir à Capela, deparamos com aquelas ruínas e se levo amigos pela 1ª vez, conto logo a mesma estória que você conta. Não houve interesse, por parte dos herdeiros, em fazer predurar uma obra mandada fazer em «tempos difíceis da outra senhora» por um homem que, como muitos outros da nossa terra, emigraram para Lisboa à procura do dinheiro-sustento que a serra não tinha para oferecer. Lembro-me de ouvir falar de um neto (?) que ainda se propôs vender ... mas tal como a mioria dos herdeiros que só herdam pediu dinheiro a mais e os interessados na compra não foram trouxas e o abandono foi o destino da obra do rei-da-graxa. É tão triste não dar valor ao que os nossos antepassados construíram ... mas é assim que nós somos. Há mais umas por lá que deverão ter o mesmo fim. E é pena. Têem-se construído alguns masmarrachos - com autorização da C.M. de Góis - e as casas de traça antiga, onde homens e mulheres nasceram, cresceram, viveram e só saíram para casar, vão sendo cobertas por silvas, por incúria, estupidez e ansia de fazer dinheiro com ruínas. Devemos conhecer-nos Alberto, mas como Xará, não vou lá :) Bom dia Cerdeira de Góis.
Guidinha, antes do mais apresento-lhe os meus respeitosos cumprimentos. Devo dizer-lhe, que tenho uma ténue lembrança da sua pessoa, dos tempos da nossa meninice, quando ia à Cerdeira no tempo de férias, acompanhada de seus pais. Lembro-me muito bem de seu pai, creio que, na época, sargento da nossa marinha de guerra, o qual no dia 18 de Dezembro de 1961, fazia parte da guarnição do nosso vaso de guerra, AFONSO DE ALBUQUERQUE,o qual encontrava-se nos mares da então denominada India portuguesa, aquando da sua invasão por parte da União Indiana e que, quando em férias na Cerdeira, passava as tardes a jogar à sueca, na taberna do ti Artur, na Póvoa da Cerdeira. Quanto à minha pessoa, tenho a dizer-lhe, que tenho o prazer de ter como minha querida prima direita a PALMIRA, mulher do Afonso da Póvoa, a qual pode elucidá-la sobre quem é este seu primo. Sempre ao dispor Alberto.
Aproveito este blog para lhe dizer olá Alberto! As informações que tem do senhor meu pai estão correctíssimas. A sua prima direita Palmira é casada com o meu segundo primo Afonso. E esta? Não preciso de mais informações, mas quando falar à nossa prima Palmira hei-de lembrar-me de lhe perguntar por si:)... Fique bem *primo Alberto*. Saudações cordiais.
4 comentários:
Mais uma vez ao deparar-me com uma fotografia retratando uma realidade actual da minha terra, fiquei chocado!
Esta casa foi construida pelo Sr. Matos numa época em que era apelidado de "Rei da graxa", pelo facto de ter participação societária na maior parte das engraxadorias, então existentes em Lisboa.
Há cinquenta anos atrás, esta casa, já na posse da filha do Sr. Matos e do genro deste, Sr. Raúl Matos, nesta época do ano, Maio Junho..., tudo o que estava ao seu redor, parecia um jardim! As videiras bem tratadas, com os seus cachos de uvas, as outras árvores com seus frutos, batatas e milho, tudo bem regado com a água vinda do poço ali existente.
Quem muito trabalhava para que tudo estivesse como acima ficou descrito, era a pessoa, que me chamava de XARÁ, o ti ALBERTO, pai do Amorim, Manuel...
Que pena os descendentes dos proprietários, que acima foram citados, não se preocuparem em alienar todo aquele espaço territorial, de forma a que o novo proprietário, pudesse recuperar todo aquele valioso património.
Alberto, tem toda a razão. À entrada na nossa Cerdeira, logo a seguir à Capela, deparamos com aquelas ruínas e se levo amigos pela 1ª vez, conto logo a mesma estória que você conta.
Não houve interesse, por parte dos herdeiros, em fazer predurar uma obra mandada fazer em «tempos difíceis da outra senhora» por um homem que, como muitos outros da nossa terra, emigraram para Lisboa à procura do dinheiro-sustento que a serra não tinha para oferecer. Lembro-me de ouvir falar de um neto (?) que ainda se propôs vender ... mas tal como a mioria dos herdeiros que só herdam pediu dinheiro a mais e os interessados na compra não foram trouxas e o abandono foi o destino da obra do rei-da-graxa. É tão triste não dar valor ao que os nossos antepassados construíram ... mas é assim que nós somos. Há mais umas por lá que deverão ter o mesmo fim. E é pena. Têem-se construído alguns masmarrachos - com autorização da C.M. de Góis - e as casas de traça antiga, onde homens e mulheres nasceram, cresceram, viveram e só saíram para casar, vão sendo cobertas por silvas, por incúria, estupidez e ansia de fazer dinheiro com ruínas.
Devemos conhecer-nos Alberto, mas como Xará, não vou lá :)
Bom dia Cerdeira de Góis.
Guidinha, antes do mais apresento-lhe os meus respeitosos cumprimentos.
Devo dizer-lhe, que tenho uma ténue lembrança da sua pessoa, dos tempos da nossa meninice, quando ia à Cerdeira no tempo de férias, acompanhada de seus pais.
Lembro-me muito bem de seu pai, creio que, na época, sargento da nossa marinha de guerra, o qual no dia 18 de Dezembro de 1961, fazia parte da guarnição do nosso vaso de guerra, AFONSO DE ALBUQUERQUE,o qual encontrava-se nos mares da então denominada India portuguesa, aquando da sua invasão por parte da União Indiana e que, quando em férias na Cerdeira, passava as tardes a jogar à sueca, na taberna do ti Artur, na Póvoa da Cerdeira.
Quanto à minha pessoa, tenho a dizer-lhe, que tenho o prazer de ter como minha querida prima direita a PALMIRA, mulher do Afonso da Póvoa, a qual pode elucidá-la sobre quem é este seu primo.
Sempre ao dispor Alberto.
Aproveito este blog para lhe dizer olá Alberto! As informações que tem do senhor meu pai estão correctíssimas. A sua prima direita Palmira é casada com o meu segundo primo Afonso. E esta? Não preciso de mais informações, mas quando falar à nossa prima Palmira hei-de lembrar-me de lhe perguntar por si:)...
Fique bem *primo Alberto*.
Saudações cordiais.
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